O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Recordar...

A seguir deixo um texto que encontrei para aqui no computador. Tive um dia daqueles...

A vida tem destas coisas. Aliás, a vida tem destas e daquelas, a vida está completamente cheia de coisas e é por isso que devemos aproveitar enquanto cá andamos de saúde. Porque só quando nos faltar é que vamos ver a importância que ela tem. Sei que isto para daquelas frases feitas mas eu não ligo a isso porque para mim, cada macaco no seu galho. Na verdade, não há duas sem três. Deixando de pensar pela minha cabecinha, vou tentar ser criativo e inventar aqui uns textos bonitos e com alguma qualidade literária. Quero ficar ao nível de um Luís Vaz de Camões seja lá o que ele tenha escrito. Estava a brincar, uma obra como os Maias nunca se esquece. Está a doer-me ligeiramente a cabeça, se eu pudesse dar um exemplo poderia dizer que é como se estivesse com uma moeda de dois euros colada na testa e depois viesse um trabalhador dos Serviços Municipalizados com uma marreta e me desse uma pancada em cima da moeda. Perceberam a piada, um trabalhador dos Serviços Municipalizados. Tenho-me em grande conta relativamente a ser um grande escritor mas, também me tenho em grande conta no sentido de achar que sou bonito e, quando as pessoas olham para qualquer fotografia minha desatam a dizer que Deus é injusto e que não deveria ter feito isto a uma pessoa. A expressão falhado, nasceu em 23 de Setembro de 1979, curiosamente no meu dia de anos. Isso leva-me a desconfiar de uma coisa que se calhar também vos está a ocorrer no momento. Eu tenho 25 anos. É verdade, eu faço anos todos os anos no mesmo dia. Tenho 25 anos e foram sempre festejados no dia 23 de Setembro. Costumo acordar todos os dias de manhã com trombas e, como não sou pessoa de andar sempre a mudar, continuo durante o resto do dia. Ainda assim sou feliz como poucas pessoas que conheço no mundo. A vida está para os empreiteiros como o Sol está para o dia, a noite para a lua, a areia para as praias e a merda para a sanita. Gosto de ver cabelos com caracóis e, quando ainda estão na cabeça das pessoas, ainda melhor. No outro dia perguntei a um colega meu se achava bem eu ter um computador para escrever estes meus textos e ele disse que preferia estar numa sala fechada ao pé de um macaco com uma arma na mão. Olha que surpresa, eu também preferia mas não podemos ter tudo na vida, ás vezes temos de nos contentar com aquilo que temos. A verdade é que o meu colega sempre pensou e ambicionou alto de mais. Estar numa sala fechada com um macaco com uma arma na mão deve ser o sonho de qualquer criança durante o período em que, bem, é criança. Nunca nos devemos esquecer dos tempos de criança mas, também não nos devemos esquecer de dar a moeda ao arrumador porque senão ele risca-nos o carro todo. O meu amigo paulo disse-me que no outro dia deu 25 centimos a um arrumador mas, isso é ele que não é apegado ao dinheiro, não lhe deve custar a ganhar. Não acredito no destino mas sei que a nossa vida já está traçada, sei que alguém já decidiu o que nos vai ou não acontecer. Quem não acredita no destino é um intestino. Esta ideia pode chocar algumas mentes mas não choca a minha porque estou preparado para suportar todas as coisas estúpidas que digo em privado, em público e quando estou com outras pessoas. Costumo dizer que tenho limites para tudo mas não para a estupidez, principalmente para a minha que é bastante e que continua sempre a evoluir para ver se consigo ser a pessoa mais estúpida do mundo. Claro que, enquanto o senhor Fernando Louça continuar por aí tenho muito que fazer e nem sequer posso ambicionar esse título.