O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

sexta-feira, abril 21, 2006

O Primeiro


Julho 20 de 2005


Voltei e estou bem disposto porque estive a ler textos meus antigos. Que melhor do que nos rirmos com as próprias porcarias que escrevemos. Num dos textos eu falava da minha nova vida de atleta e fazia referência à corrida nas quartas-feiras com o Paulo. O resultado é 150 metros de esforço cruel para o meu colega de corrida. Mais, no fim destes míseros metritos, ainda tem o descaramento de dizer que “aguentei mais do que eu estava a pensar”. Não, é que eu equipei-me para ir correr e perceber que ao fim de 5 passos é para ir embora…isto está mal. A culpa desta situação é do Paulo que é uma besta de primeira. Mas sabem qual é a pior coisa, a pior coisa é que ele foi correr de calções. Só mesmo visto. Depois só se punha a dizer que tinha uma hérnia discal e que não aguentava mais, a fazer de coitadinho. Quem o visse a sair do Fontelo ia dizer que o homem tinha passado o dia todo a correr ou então a cortar pinheiros. Era uma cara de sofrimento que nem vos digo nada. Só um aparte, estou aqui na sala e nem consigo manter os olhos abertos. Já tomei café, não sei que faça mais mas penso que vou ter que recorrer ás agulhas para segurar as pálpebras. Penso que não haverá outra solução. Voltei, já estamos de tarde e infelizmente apareceu aqui a maníaco-depressiva. Ela já toca tão em baixo que já só dá pena. É triste quando uma pessoa desce a este ponto. É porque já não tem mais nada onde se agarrar. Quando uma pessoa ouve dizer uma coisa e pensa outra é porque algo já não bate bem ali. Eu duvido que alguma vez tenha batido porque coitadinha da moça, só dá mesmo pena. Eu acredito que há gente internada em abraveses por muito menos. Tanta gente perdida aí pelas ruas e esta doente, não tem outro nome, esta doente anda livre por aí. Ainda por cima tem carta de condução, anda por aí e pode matar alguém. Tenho mais receio dela a conduzir um carro do que ver o meu cão com dois cutelos nas mãos e posso dizer-vos que o meu cão é meio marado. Só para verem como são as coisas. Sabem o que é não poder olhar para a cara de uma pessoa? É o que eu sinto com ela…é que me dá um nojo. Prefiro alguns homens a ela. Se todas as mulheres do mundo fossem como ela, era tudo paneleiro, tudo, não escapava um. Eu prefiro ser atropelado a olhar para a tromba dela. Tipo, tenho arrepios só de pensar nela e começa a desenvolver-se o meu espírito de assassino em série. Quando falo em assassino em série, refiro-me a acabar apenas com a vida dela. Não lhe dar naquela cabeça oca uma de missionária ou voluntária na Somália e ir para lá infernizar a vida deles. Acho que eles preferem morrer à fome do que a ter que aturar. É que uma pessoa fica tão chateada que depois tem de descarregar nos outros porque nela nem vale a pena pois ela distorce tudo e altera a seu gosto. É uma besta. Estúpida Deus me Livre.