O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

terça-feira, abril 04, 2006

O Esquecimento

Estive a ler alguns dos meus textos antigos e, finalmente, percebi claramente o significado da expressão “perder tempo para nada”. Sou mesmo um verdadeiro monstro e acho que não vou mudar. Escrevo sobre tudo sem o menor conhecimento de causa. Ultimamente nem escrevo muito sobre coisas estúpidas (tirando a alheira e a açorda) mas pretendo, a curto prazo, voltar a escrever. Vou começar a anotar num papel assuntos, pequenas coisas que nos acontecem para escrever depois aqui. Espero é lembrar-me de as escrever num papel. Sou muito esquecido e tenho um exemplo que, é tão flagrante como verídico. Passo a expor:
Um dia pediram-me lá em casa para levar um saco de ginástica do meu irmão para a cidade porque se tinham esquecido dele. Sabendo do meu possível esquecimento, peguei no saco (mesmo antes de me arranjar para sair) e coloquei-o num sítio onde, para conseguir ir embora, tivesse de passar por ele. Escolhi o fundo das escadas e coloquei-o bem no fundo. Tinha de o ver, porque senão, tropeçava nele e mandava com a cabeça no armário que está mesmo à frente. Fui fazer o que me faltava e, quando me preparava para ir embora, ao descer as escadas mandei um pontapé no saco e pensei: Aqui em casa deixam tudo no meio do caminho e assim, qualquer dia mando aqui um malho que morro. Vim embora. A meio do caminho toca o telemóvel. Era a perguntar se me tinha esquecido do saco. Boa, pensei. Isto é verídico. A partir desse dia, continuo a esquecer-me das coisas com a maior das facilidades. Mas aprendi, pelo menos a não fazer planos para não me esquecer das coisas.
Sou assim e, sinceramente, nem me lembro porque comecei a falar disto. Se calhar valia a pena ter batido com a cabeça no armário. Nunca se sabe.