O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Os complicados...

Todas as coisas têm um ponto final. A morte é a prova disso, nada lhe escapa. Mas até que a morte nos leve, outras coisas vão morrendo. Algumas vezes olhamos para o nosso interior e vemos que temos necessidade de alterar alguma coisa. Ás vezes parece que é fazer uma tempestade num copo de água e talvez seja mas há coisas que chegam ao limite. Explorar um bom dia todos os dias e fazer disso conversa diária não dá. As coisas ou evoluem ou morrem. Bom dia diz-me qualquer desconhecido na rua. Nada se mantém a bom dia ou boa tarde, surge sempre a necessidade de ir mais além, conversar sobre outras coisas e rir e chorar e lembrar, agora ter os alicerces de uma amizade sustentados no bom dia e no boa tarde não pode ser. Há limites. A partir de uma certa altura tudo começa a parecer um gozo pegado. Não há necessidade de manter uma novela assim. E as amizades também acabam e também deixam marcas. Nada funciona quando não há confiança e quando uma resposta de sim ou não acaba sempre num “bem, depende da situação” ou “o que é que isso tem a ver” ou “hoje em dia já não interessa”. Uma resposta de sim ou não será assim tão complicada? O mundo vai mudar porque causa de um sim ou de um não? Se fossemos presidentes dos Estados Unidos ou da Rússia talvez influenciasse mas não, não somos, somos apenas desconhecidos deste mundo. O que é que temos de esconder que seja tão importante e imenso? Nada, claro. Pessoas que não dão respostas directas e que rodeiam tudo e mais alguma coisa são as que mais enganam neste mundo, porque nunca sabemos o que elas pensam. Parece que nos querem explicar as coisas aos bocados, com pistas e com medo que o que nos digam possa influenciar a nossa vida. Se não gostamos de uma pessoa devemos dizer, se gostamos devemos dizer, se estamos apaixonados ou não, se temos fome ou não, se temos frio ou calor, se temos dinheiro ou não. Agora se alguém pergunta –“tens dinheiro?” e respondem –“bem, isso é uma questão complicada que bla bla bla bla bla” não vamos a lado nenhum. Para todo o facto há uma razão e uma verdade, não há cá meios termos. Temos de ter uma palavra e temos de assumir perante os outros mesmo que não gostem de ouvir o que temos para dizer. Se uma pessoa me mete nojo, garanto que essa pessoa fica a saber e olhem, se não gostar azar, não gostou. O que é que vou perder se no fundo nem gosto dessa pessoa. Temos de assumir as nossas preferências e defender os nossos ideais e gostos. Os dias correm bem e correm mal, mas os nossos gostos são sempre os nossos gostos. Quando não gostamos de uma pessoa não gostamos e temos de o dizer. Não custa nada deixar falar o coração. Pelos menos esse não engana e não faz rodeios. Agora os donos é que o podem fazer.

Eu sei quem rodeia e complica. E tu, sabes?