O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

sexta-feira, abril 21, 2006

O Terceiro


Julho 27, 2005

O meu texto de hoje vai ser dedicado à Dra. Diana Magalhães mais precisamente à sua escrita erudita. Vou tentar escrever como ela mas com uma desvantagem, estou completamente sóbrio. De resto também tenho “mania”. Vou começar dando o título ao texto:
O EnviadoMundo estranho este que se desenvolvem as nossas humildes vidas. Acreditar neste mundo é, cada vez mais, difícil. Grito, salto, corro, fico sem ar nos pulmões mas para quê respirar? Virá um Deus para me resgatar desta vida, deste mundo que nos engole, deste mundo a que nos entranhamos, deste mundo vil, deste mundo onde verdade é apenas uma palavra de 7 letras. Que fazemos cá nós? Abro os olhos sem os querer abrir e vejo coisas que preferia nem saber. O conhecimento já não mostra caminho, apenas nos ilude da falsidade que temos na mente. Sabemos que somos assim mas, querendo chorar, esboçamos ainda assim um sorriso, sendo aceites por uma sociedade virtual que pensa ser real. Para onde caminha este mundo, para onde nos leva este destino que nos deturpa e nos faz aceitar as maiores barbaridades como coisas perfeitas. Para quando a chegada do enviado, dessa pessoa que é pura de alma, dessa pessoa que todos um dia ambicionámos ser, dessa pessoa para quem um sorriso é apenas um sorriso e dessa pessoa para quem uma lágrima é apenas sangue de tristeza. Rogo, peço a vinda deste enviado, trocando a minha vida de mentira pelo fim do mundo no qual ainda passeamos vaidosamente, orgulhosos de acessórios que nos tornam reis vagos. Fala-se em verdade e abanamos a cabeça mecanicamente, desconhecendo o sentido da palavra e pior, privando-nos do querer saber, no fundo, do simples existir. Vivemos num mundo onde choramos os mortos quando quem deveria derramar lágrimas deviam ser eles, por nós. Vivemos num mundo onde o Não e o Sim respondem a tudo e, ainda assim, os nossos olhos brilham quando dizemos Talvez. Não assumimos nada por nós, não levantamos a voz sem virar a cabeça à espera de ver quem nos ouve, como se isso valesse de algo. Talvez o enviado traga o silêncio ou será também ele corrompido pelo nojo constante que nos rodeia, que nos abraça e a quem damos colo. Somos mais nojo que o nojo, somos tudo aquilo a que se chama erro. Ainda assim continuamos, guiados pelo desejo do prazer, de consumir corpos que nos cegam e que nos desviam do trilho certo, no trilho por onde virá o enviado. O futuro depende do fim da nossa procura…