O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

segunda-feira, maio 15, 2006

O Casamento - Parte I


O casamento tem muito que se lhe diga. Vários factores podem ser comentados. Vamos começar pelos noivos.
A despedida de Solteiro: nas mulheres a tradição manda que andem com uma pila na cabeça. Estranho? Só para quem não gosta de tradições. Aliás, muito antes do casamento já, a maior parte delas, andou com pilas em quase todo o lado. Apesar disso, raramente se vê alguém a cumprir essa valorosa tradição. Agora preferem ver homens bem constituídos fisicamente a dançar eroticamente para elas. Uma vergonha, diga-se. Os homens é tradição irem ver as mulheres sem roupa a dançar e, como bons cumpridores, é isso que fazem. Tudo pelo bom nome da tradição. No fundo fazemos um esforço para ver “gajas boas e inteligentes” a dançar. Alguns até fazem mais do que dançar. Há gente que faz tudo pela tradição.
As comidas antes da missa: Costuma-se receber os convidados em casa dos noivos para comerem qualquer coisa antes de passarem fome até o almoço. É aquela altura em que até podemos ter muito na mesa mas comemos apenas um croquete. Depois claro que passamos fome e a porcaria das fotos nunca mais anda. As entradas deviam ser sempre antes das fotografias o que até era melhor porque assim voltava-se a ter fome para o almoço. Agora, com a fome com que tiramos fotos, fica tudo uma porcaria.
As fotos em casa: esta é que é tradição, andar a tirar fotos na cama, no chão, no tecto, nos cortinados, no jardim, nas flores, em cima do carro, em cima da antena da televisão, em cima do cão e do gato, com a família e com tudo o que mexa ou apareça por perto. Habitualmente são estas as fotos que nos fazem rir quando as estamos a ver depois na altura de comprar. Os noivos ficam sempre com cara de parvos e com vontade de terem melhor mobília de quarto.
A viagem para a igreja: o noivo tem de ser o primeiro a chegar e agora com os telemóveis ficou tudo mais fácil, a noiva só precisa de ter um espião para lhe comunicar a chegada do noivo. A viagem propriamente dita tem de ser feita com calma porque habitualmente os convidados nunca sabem o caminho da igreja. Sabem sempre o caminho do restaurante mas nunca, nunca o da igreja. Eu sou um deles. Depois temos os apitos que é uma coisa verdadeiramente ridícula, uma coisa que chama a atenção de mais um que se vai casar e que até podia querer que ninguém soubesse.