O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

terça-feira, maio 16, 2006

O Casamento - Parte IV


O restaurante: Parte mais importante para quase todas as pessoas. Temos de aceitar porque, sem comida não vamos a lado nenhum. As pessoas aturam uma série de coisas para puderem vir comer. Nas entradas empurram-se, arranham-se, ofendem-se mas acabam sempre por comer o suficiente para dois dias. Outra coisa que também acaba sempre é o marisco e sempre a uma velocidade incrível. As pessoas comem com se não comessem à mais de 3 dias. Parece uma competição para ver quem come mais e melhor. Quando chegam ás mesas andam estoiradas dos encontrões e cheias do que enfardaram. Gostam também muito das bebidas “à pala”. Gente que num café costuma beber apenas um descafeinado, pede vinho, pede sumo, pede martinis, pede whisky, pede tudo apesar de nunca acabar nada do que pede. Depois temos a altura em que as pessoas costumam dar o envelope com dinheirinho, pelo menos o suficiente para pagar a despesa. Aquele que dão envelopes em branco mereciam levar porrada e mereciam que um cão os mordesse nos tomates. Temos também o bater nos pratos para os noivos, os pais dos noivos e outros azarados se beijarem. É assim, uma vez é muito giro, duas tem piada, três passa porque é um dia especial mas tudo o que venha a partir daí começa a chatear incrivelmente porque começa a roçar o ridículo. Depois temos o partir do bolo em que os noivos fazem sempre figuras de parvo a cortarem o bolo e a levarem um pedaço à boca um do outro, uma verdadeira nojice mas que se entende porque, quando chegam a esta fase do casamento já fizeram, no passado, coisas bem piores e que provavelmente também envolveu bolo. Habitualmente o bolo de casamento é uma porcaria. A seguir vem o abrir o baile. Os noivos, pior que dancem, são sempre os melhores na pista. Quando o comboio se começa a formar é que fica tudo estragado e é prova que já se bebeu o suficiente. Depois as pessoas começam a vir embora e passou um dia em que se queimou mais dinheiro do que alguma vez se imaginou. Esqueci-me de dizer que na parte das sobremesas, as pessoas parecem hienas atrás de uma gazela de thompson. Esqueci-me também de referir a altura em que a noiva atira o ramo para ver quem se casa a seguir. E pronto.