O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

segunda-feira, abril 14, 2008

Vivo

17 de Janeiro de 2008. É esta a data do último texto aqui colocado. Uma pessoa pode escolher de tanto tema, tanto assunto e não apetece. Por exemplo, eu podia falar do Sporting que durante este período em que não escrevi, esteve em quinto, quarto e hoje em segundo. Foi também eliminado por uma equipa claramente inferior. São coisas da vida. Outra novidade é que estou cada vez mais gordo. Também é coisa com a qual não me preocupo muito. Hoje estamos cá e amanhã nunca se sabe. Não vou deixar de comer qualquer coisa apenas porque sei que posso engordar um bocado. Uma pessoa ouve cada história que nem sabe se vale a pena andar assim preocupado com pormenores. É mesmo ir vivendo e depois logo se vê. Continuo casado, já há mais de sete meses. Continuo também a achar a vida de casado muito positiva mas, como muita gente me diz, ainda estou dentro do período “lindo” do processo, o primeiro ano. Aliás já me disseram o seguinte: “durante o primeiro ano dormes virado para ela e a partir daí dormes de costas”. Outra das coisas é que fui cortar o cabelo e ouvi a seguinte situação entre o senhor de corta o cabelo (há quem chame barbeiro) e o cliente:
Barbeiro: É para lavar?
Cliente: Acho que não, lavei-o na semana passada e ainda está bom…
Juro que é verdade. Eu se fosse o barbeiro trocava as tesouras e utilizava era uma serra eléctrica. Se o homem só lava o cabelo de semana em semana (na melhor das hipóteses) eu imagino se tiver algum cão. Quase que aposto que se uma pomba lhe cagar em cima, ele deve pensar: “bem, não faz mal, daqui a cinco dias já o vou lavar”. Outra, não deve ter pente mas sim um forcado ou um ancinho. A que ponto é que uma pessoa pode chegar. Lá que não tenha água é uma coisa e, mesmo assim, ainda chove de vez em quando, é só aproveitar. Mas claro, também posso estar a ser injusto, o homem pode ter alguma doença de alergia perante a água. Ou ao sabão. São estas pessoas que beijam a cruz na Páscoa. São estas pessoas que estão prontas para nos pregarem uma doença. São estas pessoas que querem partilhar a sua micose connosco. Vale mais ir ao Brasil apanhar o dengue. Ou levar um tiro. Uma pessoa fala na possibilidade de apanhar uma doença por comer num restaurante mas até na Páscoa nos podemos lixar. E ainda pagamos para apanhar uma doença. O padre claro, nem lá põe os pés, ele conhece bem a camada de micróbios que ali vai. Vale mais ficar na cama a dormir. O dinheiro lá vai ter. Por isso é que eles dizem que recebem o chamamento, o chamamento do dinheiro e do não pagar impostos e ir para a cama cedo e trabalhar apenas um dia por semana a ler a missa que é sempre igual. Critico mas não invejo. E tudo isto começou porque falei do porco que só lava o cabelo uma vez por semana, e isso se o lavar. É que se ele diz estas coisas ao pé de pessoas, eu imagino a verdade. Deve ser para aí um mês inteiro sem ver água e, nos dias de chuva, é ficar em casa para não correr o risco de ficar limpo. Nós nem imaginamos o que nos pode acontecer, a mão que podemos apertar, a cara que ás vezes beijamos, as costas que ás vezes abraçamos, o chulé que ás vezes cheiramos, os cus borrados, um nojo autêntico. Vale mais ser antipático e utilizar a distância como arma, como protecção. Tipo as pessoas que pedem as camisolas dos jogadores, todas suadas. Cá para mim nem as lavam e passam a primeira noite a roçar-se no meio do esterco cultivado durante noventa minutos, fora os ranhos. Eu se fizesse um cartaz para um jogo era: Liedson, quero a tua camisola…no lixo. Compra-me é uma nova que tens dinheiro para isso e para muito mais. E mesmo assim eu tinha que ir com ele para ver onde é que ele metia as mãos.
Mudando de assunto, ando, nos dias de hoje, a beber muita água coisa que não fazia e as minhas análises o tão bem demonstraram. Qualquer dia dá-me uma crise de rins que é bem feito. Agora ando a lutar contra isso e contra as batatas fritas. É complicado porque uma pessoa anda sempre em festas de família e depois é só disso, e bolos e sobremesas e não pode dizer que não porque podem dizer que não queremos comer porque temos nojo. Ando com tanto açúcar no organismo que para tomar café já há dois meses que não preciso de nenhum pacote. Vale mais açúcar do que droga. Vale mais isso do que ver o Sporting perder. Coisa que tem acontecido muito. Minha rica taça da liga. Um troféu em forma de cerveja, era tão bom. Pelo menos perdemos contra uma grande equipa…AH AH AH AH AH AH AH AH AH. Ainda está na Taça, pelo menos até quarta. Veremos. Em princípio é mais uma tristeza.
Este texto está a ser tão longo que a minha próxima ausência vai ser aí de dois anos. É para aprenderem, bem feito. A não ser que, o Sporting vença nesta quarta feira e dê alegria aos biliões de sportinguistas espalhados por essa galáxia fora. Somos mesmo muitos e somos mesmo os melhores. Ficamos com o coração rijo de tanto sofrimento. Eu pelo menos fico. A sorte é que eu vejo poucos jogos porque a maior parte dá na televisão dos ricos. Quando sei o resultado é diferente, porque a dor é de uma só vez. Agora apetece ir à casa de banho. Tenho de resolver este problema. Ou agora ou daqui a pouco caso contrário vou explodir. E depois o resultado não é nada bom. As senhoras da limpeza iam ter muito que limpar. Muito mesmo, muito que esfregar.