O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

terça-feira, novembro 22, 2005

Droga - O Flagelo!

Tinha, mais cedo ou mais tarde, mais tarde ou mais cedo, que falar deste grande flagelo da sociedade em que vivemos. A droga. Qualquer tipo. Qualquer quantidade. Qualquer dependência. Este vai ser um texto sério e acutilante. Já vi drogados no acto do consumo e também já vi drogados no acto do tráfico. Eles não me viram a mim, acho eu. Podem é ter visto outra coisa qualquer. Afectados pelo consumo recente, estavam quase cegos. Estavam pelo menos o suficiente para eu me aproximar e testemunhar uma conversa entre dois deles. Nomes ficticios Drogado 1 (D1) e Drogado 2 (D2). Foi mais ou menos assim (posso falhar algumas partes porque estava escuro logo, não dava para ouvir bem e ainda para mais fazia-se sentir um vento que me esfriava a visão). Ainda assim aí vai a história:
D1- Jovem rebelde mas destemido com braços ligeiramente picotados como uma obra de Picasso?
D2- Diz companheiro da ganza e do "bota para a veia de cor duvidosa"...
D1- Hoje correu-me bem o dia, desmaiei apenas 3 vezes e em nenhuma das vezes caí com a testa em cima da seringa.
D2- Folgo em saber seu drogadito da merda, mas já eu não posso comunicar o mesmo. Não é que acordei de ressaca e assim que meto um pé no chão piso a merda de uma colher e com o susto vou bater com os cornos na merda do balcão onde tinha os limões...
D1- Não!!!!
D2- Dizes não porque não foi a ti que aconteceu. Se quiseres confirmar perguntas à minha mãe que vinha a sair da casa de banho onde tinha estado a colocar o elástico e a beber água da sanita.
D1- Porca.
D2- Nem imaginas, ainda por cima bebeu depois de ter dado uma mijinha. Bem, mas já dizia o outro, liquido sai liquido tem de entrar. Mas voltando ao meu dia, tirando ter batido com os cornos no balcão o dia correu bem, arrumei um bom número de carros e consegui algumas moedas valentes para trocar pelo que faz correr a minha vida, o pomposo pó branco.
D1- Olha que a droga faz mal, e falo de experiência própria pois fico sempre com uma azia que nem te conto. Mas o pior nem é isso, começo a desconfiar que a droga a médio prazo acaba por dar cabo do nosso sistema.
D2- Não ligo a isso meu, nem tenho computador...
D1- Fazes mal que hoje em dia quem não mexe num computador não se safa, acredita.
D2- Ok, olha e aquela gaja voltaste a sair com ela?
D1- Nem me digas nada, nem imaginas o que descobri dela.
D2- Então?
D1- Então não é que a porca fumava, e logo SG Gigante...
D2- Não!!!!!!
D1- Acredita, fiquei tão em baixo que tive logo de ir fumar logo uma ganza e como não resolveu nada acabei por injectar um pouco de heroína, só para acalmar.
D2- Pois, mas olha que vais acabar por conhecer alguém interessante e sem vicios.
D1- Drog...Deus te ouça.
D2- Dá-me a ideia de que está alguém aqui a ouvir a nossa conversa...que achas?
D1- Não, tu é que tens a seringa espetada num olho e isso é capaz de estar a influenciar a tua visão.
D2- (sorrindo) Ah pois é. E eu que já falava mal dos mosquitos.
D1 e D2- Viva a vida.
Pronto, e foi assim que se passou. Fugi dali assim que tiraram a agulha do olho.