Coisas novas 1
Uma nova troca de trabalho. Mais uma
vez a começar do zero e a ter de me adaptar a “coisas”, a pessoas e a sítios. Não
é nada fácil. Mas é sempre bom quando nos livramos de algo onde não gostam de
nós. Falo de chefias. Pior, estar em algum lado onde nos vejam como obstáculo a
outros, é do pior que pode acontecer. Tenho a noção que os colegas, no fundo
aqueles com os quais precisamos de nos dar bem, gostavam de mim. Do meu lado
igual sentimento, o que me tem custado mais a esquecer, o que tem deixado
saudades são eles e não o trabalho em si nem mesmo as chefias. O não ser
reconhecido profissionalmente é muito mau. Tenho a consciência que sou muito
melhor do que aquilo que me deixaram mostrar. Mas a situação não era fácil, era
como se pedissem a um médico que desempenhasse funções de enfermeiro e esperassem
que ele andasse motivado. Era esperar que ele revolucionasse todo o processo de
enfermagem onde estava inserido de forma a que reconhecessem capacidades
extraordinárias e, após isso, o fizessem regressar ao antigo posto, à sua
categoria profissional. Penso que não tem muita lógica. Se alguém quer motivar
alguém não o faz diminuindo a pessoa de posto ou rebaixando-a. É na sua área e
na sua categoria profissional que a pessoa tem de estar motivada. Estando numa
outra situação, muito já faz se cumprir os mínimos que lhe são pedidos. Motivação
é zero e as pessoas precisam de ter noção disso. Não podemos pedir a um padeiro
que faça pão e tirar-lhe a farinha. Vai fazer algum pão de jeito? Claro que
não. No meu caso ainda era pior porque estavam a pedir a um Mecânico que
fizesse pão sem farinha e sem a promessa que um dia voltasse a trabalhar com
carros. E é assim que está a minha vida profissional, mais uma vez em mudança. E
cá estou eu para me adaptar outra vez a tudo. E a novas pessoas também. Mas com
o tempo tudo lá vai. E irá.
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