O estranho mundo em que vivemos mas especialmente, o estranho que me sinto e o monstro em que me começo a tornar...É Horrível.

quarta-feira, fevereiro 10, 2016

Carnaval - e...

E passou o carnaval. E o Sporting passou para segundo. E esteve sempre a chover. E este ano não me mascarei. E finalmente voltámos a ter tolerância. E consegui ficar em casa sozinho durante 3 horas e aproveitei para “dormir” um bocado. E apenas passei pelas brasas. E não tarda chega a páscoa. E ainda não comprei prendas de Natal. E faltam 3 dias para o fim de semana. E ainda não ganhei o euromilhões. E não vi o Carnaval no Rio de Janeiro porque tive medo que o mosquito saltasse da televisão. E só me apetece dormir. E desde que comecei a escrever este blog em 2005 ou 2006 continuo a ter muito sono. E tinham-me dito que isto ia melhorando com a idade. E até agora não melhorou. E vou ficar por aqui.

segunda-feira, fevereiro 08, 2016

Preciso mesmo de ganhar o euromilhões. Mas tem de ser os 15 milhões todos para mim. Eu depois até dividia o dinheiro. Dividia por mim, pelo Tiago Magalhães e pela pessoa que está a escrever neste momento este fantástico texto. Por isso, de ser invejoso ninguém me pode acusar. Comprava logo um camarote no estádio do Sporting só para armar um bocadinho uma vez que eu, para ver os jogos, prefiro estar no meio da multidão para conseguir incendiar os que me rodeiam. Aquilo seria mais para os arrogantes dos meus amigos. Ou para quem quisesse pagar-me e bem. Apesar de eu não precisar de dinheiro. Eu até acho que vou ganhar um grande prémio antes de fazer os 40 anos. Por acaso tenho mesmo isso na cabeça. Ainda serei o homem mais rico deste local de trabalho sem nunca ter feito nada para o merecer. Eu sei que isto vai mesmo acontecer. Não sei se sou bruxo ou adivinho mas não se admirem se daqui a 3 anos eu coloque aqui um texto a comunicar que estou muito rico e que ainda fiquei mais arrogante do que era antes. Tanto que, provavelmente, não serei eu a escrever mas sim alguém a quem eu pague para escrever. E vou deixar de falar, passo é a cantar tudo para as pessoas perceberem bem até que ponto estou num nível muito superior. Depois obrigo as pessoas a consultarem o meu blog e a dizerem que é uma maravilha. Mais cedo ou mais tarde acabo por contratar duas ou três pessoas para me estarem sempre a bajular e a exigirem que eu escreva um livro uma vez que sou tão bom. Mas não escrevo, peço a alguém para o fazer. Eu falo alto e essa pessoa depois passa para o computador. E o livro irá vender milhões de cópias só porque sou rico. No ano do lançamento do livro, entrarei diretamente para a lista dos mais ricos do mundo da revista forbes.

 

E ainda dizem que sonho alto e estou sempre à espera que tudo me venha cair no colo.

Coisas novas 3

Outra grande mudança na minha vida durante esse tempo todo que tive ausente: fui pai outra vez. Agora de uma menina. E tal como do primeiro, faço questão de nunca revelar o nome da pequenita tal como nunca o fiz do Martim Tiago. Por isso se querem que vos diga que a menina se chama Joana Francisca, podem tirar o cavalinho da chuva. Sou muito forte nas minhas convicções, acho eu. Aliás, tenho quase a certeza disso. Dois filhos, pouco tempo para dormir e muitas muitas perguntas. O mais velho faz umas 1000 perguntas por dia, das quais 80 % são parecidas com:
Papá, tu és mais alto do que eu?
Papá, tens mais força do que eu?
Ao fim de umas centenas destas perguntas é normal começar a ceder e a ficar bruto. Claro que me arrisco a: Papá, estás a ficar bruto?
A pequenita é diferente, tem um feitio impossível (o da mãe) e não deixa o irmão fazer nada (a não ser que também lhe convenha a ela). Farta-se de gritar, de dizer não e farta-me a paciência. Depois tem uma coisa igual ao irmão, é muito melada. Depois de me infernizar a vida com qualquer insignificância, encosta-se e está sempre aos beijos. E isso, isso é pior que me podem fazer quando eu estou saturado. Prefiro que me deixem em paz, sozinho. Acho eu que prefiro porque, na verdade nunca consegui fazer tal coisa. A casa é pequena…
Resumindo: é muito divertido ter filhos.

Coisas novas 2

Uma das razões que eu usava para justificar a minha ausência do “blog” era a existência do Facebook e do Twitter. Desde essa altura já acabei com o facebook e do twitter só mais leitor do que “publicador”. O primeiro roubava-me muito tempo e eu, verdadeiramente, não dava uma importância especial a tudo aquilo. Depois detestava as publicações de crianças doentes e animais a morrerem abandonados. Outra coisa ainda era o fato de me entusiasmar quando o tema era futebol. Com a rivalidade Sporting benfica eu tinha discussões com uns primos da minha mulher em que só não andávamos à porrada porque estava cada um em sua casa. Quando nos encontrávamos pessoalmente era como se nada tivesse acontecido. Mas online, erámos piores que mafiosos. Primeiro cortei-os de amigos e depois cansei-me e cortei com aquela porcaria toda. Sinceramente, pensei que mais dia menos dia voltasse a utilizar o programa mas a verdade é que nem saudades daquela porcaria tenho. Não me faz falta nenhuma. Ou melhor, minto, era bom para me lembrar dos aniversários dos amigos. Eu sei que no telemóvel podemos ter isso mas preciso de adicionar lá as datas e isso, para mim, é sempre para amanhã. O resultado disto tudo é que deixei de dar os parabéns a todas essas pessoas. Eu até desejava parabéns a pessoas de quem fugia na rua se as visse. Outra razão para também ter saído foi isso mesmo, o fato de eu ter lá pessoas que viam as minhas coisas quando eu nem gostava delas. Pessoas de quem eu fugia para outro passeio, só para nem ter de dizer bom dia ou boa tarde. Por isso comecei a cortar essas pessoas como amigas e quando dei conta tinha 30 ou 40 pessoas “amigas”. No universo facebook não só não é nada com ainda é ridículo.
Agora limito-me a ler o Twitter. A esse ainda acho uma certa piada. Escrevemos pouco porque estamos limitados e não precisamos de estar ali a levar com doenças e abandonos. Um seca portanto.

Coisas novas 1


Uma nova troca de trabalho. Mais uma vez a começar do zero e a ter de me adaptar a “coisas”, a pessoas e a sítios. Não é nada fácil. Mas é sempre bom quando nos livramos de algo onde não gostam de nós. Falo de chefias. Pior, estar em algum lado onde nos vejam como obstáculo a outros, é do pior que pode acontecer. Tenho a noção que os colegas, no fundo aqueles com os quais precisamos de nos dar bem, gostavam de mim. Do meu lado igual sentimento, o que me tem custado mais a esquecer, o que tem deixado saudades são eles e não o trabalho em si nem mesmo as chefias. O não ser reconhecido profissionalmente é muito mau. Tenho a consciência que sou muito melhor do que aquilo que me deixaram mostrar. Mas a situação não era fácil, era como se pedissem a um médico que desempenhasse funções de enfermeiro e esperassem que ele andasse motivado. Era esperar que ele revolucionasse todo o processo de enfermagem onde estava inserido de forma a que reconhecessem capacidades extraordinárias e, após isso, o fizessem regressar ao antigo posto, à sua categoria profissional. Penso que não tem muita lógica. Se alguém quer motivar alguém não o faz diminuindo a pessoa de posto ou rebaixando-a. É na sua área e na sua categoria profissional que a pessoa tem de estar motivada. Estando numa outra situação, muito já faz se cumprir os mínimos que lhe são pedidos. Motivação é zero e as pessoas precisam de ter noção disso. Não podemos pedir a um padeiro que faça pão e tirar-lhe a farinha. Vai fazer algum pão de jeito? Claro que não. No meu caso ainda era pior porque estavam a pedir a um Mecânico que fizesse pão sem farinha e sem a promessa que um dia voltasse a trabalhar com carros. E é assim que está a minha vida profissional, mais uma vez em mudança. E cá estou eu para me adaptar outra vez a tudo. E a novas pessoas também. Mas com o tempo tudo lá vai. E irá.