Estou vivo...

Não tenho tido tempo para cá dar um salto. O tempo esse lá vai andando e vou tentar esta semana escrever alguma coisa de jeito, pela primeira vez na vida. Até lá.

O Chato

Primeiro, já tinha esta merda quase toda escrita e apaguei tudo sem querer mas também porque sou uma besta de primeira. Dizia eu antes de apagar que tenho uma mau-feitio que se revela todos os dias mas que na maior parte das vezes consigo controlar. Neste fim-de-semana que passou consegui controlar-me mais ou menos. Não abri a boca mas, estando calado revelei esse mau humor e esse mau feitio. A situação foi a seguinte. Jantar em casa de uns tios da minha namorada (inauguração da cozinha de uma casa de férias). Presente estava um homem intragável, um chato de primeira. Depois de horas a fio a dizer baboseiras que já me estavam a tirar do sério vira-se para mim ao notar a minha cara de seca:
Chato: Ali o Miguel (sim, tratou-me por Miguel) está com cara de quem me acha um chato e um burro.
Eu: … (Silêncio)
Chato: É que nem se ri, nem esboça um sorriso nem nada.
Eu: … (Silêncio)
Passou-se tempo…
Namorada: Que mau feitio, podias ao menos ter feito outra cara…
Eu: Não sou actor, não faço caras…
Mais tarde…
Chato: O Miguel (continuou) tem que idade?
Eu: 27
Chato: Epá, eu dava-lhe uns 19. Mas se tem essa idade vou-me controlar…
Eu: … (Silêncio)
Adianta dizer que durante o tempo que ele falava, quer fosse para mim, quer fosse para outra pessoa, quer fosse para um candeeiro, eu estava com uma cara que revelava aquilo que o próprio disse na primeira frase para mim.

O tempo é cruel.

É cruel o tempo. Passei por uma situação relativamente recente que me fez reparar que o tempo vinga tudo e castiga. Este caso em particular tem a ver com uma gaja que, quando do tempo do secundário, era a maior, era a mais bonita, era a mais jeitosa, andava na natação, era a melhor do mundo. E sendo isto tudo, era também uma gozona de primeira. Só ela é que era boa. Criticou sempre as amigas e gozava com os rapazes todos, ninguém tinha hipóteses com ela nem nada parecido. Mas como o tempo não perdoa, tive a oportunidade de me cruzar com ela um dia destes. Ora a miss perfeição deve muito aquilo que outrora foi ou pensava ser. Na verdade está totalmente destruída, a natação alargou-lhe os ombros e agora está ali que parece um homem. E é curioso que eu tenha dito que ela parece um homem uma vez que está também com um bigode que nem vos digo nada. Não é que não o faça mas, já o deve ter feito tanta vez que já está tipo o barney dos Flinstones. Aquilo já deixa uma sombra tal que alguns macacos asiáticos seriam capazes de trepar por ali acima para se protegerem do sol. Mais, agora anda ali com uma pança que nem vos digo nada. Está grávida sem o estar. Os que foram gozados por ela deviam agora fazer o mesmo. Gostava muito que lesses isto minha porca de merda para poder fazer isto HA HA HA.

Raparigas de hoje!

Desta vez não é nenhum texto sobre o meu casamento. Hoje vim falar das miuditas dos dias de hoje. Reparo que, independentemente do tempo que faça, andam sempre com o mínimo de roupa possível. Pintam-se como se tivessem trinta anos e caminham como se fossem prostitutas procurando o cliente. As conversas são do mais nojento possível e a maior parte delas inicia a vida sexual por volta dos dez anos. As que chegam aos onze anos virgens são umas tristes e são também encostadas pelos colegas. São criticadas como se estivessem a cometer um crime terrível. Os pais deixam-nas andar como elas querem enquanto que há alguns anos atrás, se uma filha colocasse um rímel, era uma porca de merda e levava porrada naquelas costas. Hoje passa tudo e vai continuar a passar e até os rapazes já podem andar de brinco, pintados e com as unhas arranjadas. No meu tempo (é triste mas já começo a utilizar muito esta frase) as raparigas andavam quase todas mal vestidas, iam para a escola que pareciam umas sem abrigo e só se pintavam no Carnaval e mesmo assim pouco. Antes para conseguir dar um beijo numa rapariga era preciso o mundo dar mil voltas agora é preciso dar mil voltas para encontrar uma que nunca o tenha feito. Parolas agora são aquelas que nunca tiveram pelo menos um namorado e que não dizem uma asneira. Anda lindo anda.

Sonho...

Ontem comecei a sonhar com o casamento. Foi a noite inteira sempre com isso. Ainda está tão longe e já começo a pensar exaustivamente nisso, mesmo a dormir. Calculo que a partir daqui vá ter muito mais noites como esta que passou. Relativamente ao casamento, agora andamos a pensar no estilo de convites que vamos fazer. Sim, vamos fazer porque isto de comprar feito tem tudo para acabar. Qualquer pessoa com um computador consegue fazer uma coisa bonita e, por isso, vou fazer o mesmo. Nem precisam de gostar só aceitar. Eu é que me caso, eu é que faço como quiser. Estou seriamente a pensar num convite deste tipo, viro-me para as pessoas que pretendo convidar e digo: “Queres vir ao mesmo casamento?” – em voz alta, claro. Fica barato e fomenta a presença física a não ser que a pessoa em questão esteja longe e aí sim, aí liga-se de telemóvel. Quando digo longe quero dizer qualquer coisa a mais de 3 km de mim.