A confiança

Hoje vou escrever sobre a confiança. No filme homem aranha, o dito aranhiço vira-se para o director do jornal e diz: Você não confia em ninguém, ao que ele responde: - Confio no meu barbeiro. É uma passagem brilhante na minha ideia. Podia ter sido eu a escrever esta frase mas, não fui. Aliás, nunca escreveria um filme onde um homem se vestisse de aranha para salvar uma cidade do mal. Também é por isso que nunca irei ser milionário. Mas voltando à confiança, nós temos de confiar quase em tudo. Temos de confiar no nosso carro, porque pode saltar-lhe uma roda e depois vamos para uma valeta, temos de confiar nos aviões, para que quando eles lá forem em cima não caiam (eu nunca irei andar de avião), temos de confiar em comboios, porque eles podem descarrilar. Eu também confio muito nos funcionários dos restaurantes, principalmente com aqueles que podem mexer na nossa comida. Aliás, tento mesmo ser simpático com eles coisa que, me custa mesmo imenso, muito devido ao meu mau feitio. Sabem, é que eles podem cuspir lá para dentro, ou deixar cair uma coisa qualquer no chão e depois metem tudo no prato. As pessoas são capazes disto e muito mais, especialmente se estiverem zangadas. Sabemos nós lá as porcarias que já comemos, tipo aranhas e caos e essas coisas nojentas que só de pensar dá vontade de vomitar. Ás vezes a ignorância é uma bênção. Por isso é que quando as crianças nascem, vem um anjo e com o dedo nos “manda calar” e ficamos com esta marca em cima dos lábios. Dizem que quando nascemos sabemos todos os mistérios do mundo. Claramente uma fábula. Mas uma fábula engraçada que justifica esta porcaria com que ficamos para o resto da vida. Este buraco horroroso. Eu sinceramente acho que é para o ranho escorregar mas, não me vou aprofundar nesse assunto.